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Mario Vargas Llosa em seus últimos anos 305v8

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No livro ‘A civilização do espetáculo’, o escritor Mario Vargas Llosa definiu nossa época como “o tempo da decadência, da banalização das artes e da literatura, o triunfo do jornalismo sensacionalista e da frivolidade da política”. A despeito disso, como se vem lembrando, gênios também fazem coisas contraditórias, até absurdas. Podem ser gênios na vida artística, mas na vida pessoal capazes de tonterias.

Aos 80 anos de idade, semanas depois de completar 50 anos de casamento, Mario deixou a mulher (e prima) Patrícia, para viver com Isabel Preysler, logo quem?. A rainha da frivolidade. Rainha da revista Hola, versão espanhola de Caras. Rainha da Sociedade do espetáculo.

Apaixonado, no dia do casamento com a nova parceira, ele chegou a dizer que descobrira que a felicidade tinha um nome: Isabel Preyler, anulando com essas palavras o vivido até então. E que a revista Hola era um “fenômeno cultural do nosso tempo”. Por paixão, flexibilizou a coerência, causando espanto e decepção em seus iradores.

Depois de sete anos, doente de câncer, Llosa deixou Isabel e a casa desta e foi recebido de volta na casa da ex-mulher, que o aceitou apenas para que vivesse seus últimos anos em família, em companhia dos filhos e netos. Não eram mais um casal. Apenas amigos.

Patrícia permitiu ao ex morrer cercado pela família. Em casa que, após o divórcio, tornou-se propriedade dela.

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