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Quando o PT chegou à Presidência da República em 2003, uma amiga filiada ao partido me presenteou com um pin em forma de estrela. Era um mimo banhado a ouro para prender na lapela. No dia em que me entregou o regalo, regalou-se com um sorriso.
Porém, por algum mistério, pediu o broche de volta, e eu o devolvi. Talvez eu tenha dito algo que a desagradou, ao ponto de mudar de ideia da noite para o dia. Só ela poderia explicar. Eis uma palavra propícia para o que senti: “broche”. Foi minha primeira suspeita sobre a índole moral dos petistas. Depois as suspeitas evoluíram para provas, sentenças e prisões, das quais todos foram liberados.
Agora estão na fase do Foda-se.
É o que confirma outra vez Lula da Silva, ao decidir dar asilo à Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru. Nadine foi condenada em seu país a 15 anos de cadeia por corrupção, em processo envolvendo o governo da Venezuela e a construtora Odebrecht, cujas ligações com o PT (“o senhor sabe, doutor”) estão mais do que documentadas.
No dia seguinte à condenação, ela fugiu do Peru.
Viajou dentro de um avião da Força Aérea brasileira. Um resgate de primeira hora, ordenado pelo Comandante Supremo das Forças brasileiras Lula, que, com uma estrela na lapela, suplanta todas as constelações estelares, incluindo a de Fênix, a de Pégaso, chegando à Cão Menor.
Onde é que se viu a Força Aérea de um país dar carona a uma condenada por corrupção para se asilar em seu solo?
Nunca antes, nesse país, fomos tão longe.
Na educação dos filhos, o exemplo vale mais do que o conselho. Eu diria mais: é a única atitude que vale. Infelizmente a educação nunca foi o nosso forte. Por aqui impera a formação do pau de arara. O famoso jeitinho, da raiz até a copa.
De gato em gato, deu no que deu. Vem dando.