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Cultura e entretenimento 2w6762

O assassino, novo filme de David Fincher 2u3az

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Baseado na série de HQs sa escrita por Alexis Nolent (sob o pseudônimo Matz) e ilustrada por Luc Jacamon, O Assassino acompanha o protagonista frio e perfeccionista, forçado a lidar com as consequências de um erro catastrófico cometido por ele durante um de seus serviços.

Segundo filme dirigido por David Fincher como parte de sua parceria com a Netflix (o primeiro foi o arrastado Mank), O Assassino apresenta uma trama bastante simples de um thriller de vingança que aborda a vida de um matador de aluguel que, depois de uma tarefa dar errado, sofre consequências brutais e decide ir atrás dos responsáveis. Cineasta responsável por obras-primas do suspense como Seven: Os Sete Crimes Capitais (1995), Clube da Luta (1999), Zodíaco (2007) e Garota Exemplar (2014), David Fincher é sempre perfeito ao retratar a obsessão e a mente humana.

Dividido em capítulos muito bem estruturados, a trama perde bastante tempo com a narração em off da consciência do protagonista, arrastando uma narrativa que logo se apressa em colocar o espectador dentro de um ambiente caótico. Um exemplo é a longa sequência inicial, sem falas e somente com a narração, situada em Paris, (das muitas cidades que o filme percorre) e que lembra o visual de Janela Indiscreta (1954), clássico de Alfred Hitchcock. O roteiro de Andrew Kevin Walker, responsável pelo texto de Seven, fica muito abaixo da expectativa, desenvolvendo a história sem percalços e sem explorar a complexidade de seu personagem principal.

O protagonista é guiado pelo coração, literalmente. De tempos em tempos, o magnético personagem de Michael Fassbender checa seus batimentos cardíacos para tomar decisões como se fosse uma máquina. Um homem sem nome, mas com muitas identidades, que é o narrador de sua própria história, se comunicando com o espectador com mais frequência do que conversa com os demais personagens. Assim, ele nos apresenta sua filosofia e os valores por trás da sua rotina sistemática. Fassbender quase não fala em cena, o que exige muito do ator. Inteligente e focado, sua performance é capaz de prender a nossa atenção, em mais uma das grandes atuações de sua carreira. O elenco ainda conta com a presença da sempre magnífica Tilda Swinton, mas que como os outros coadjuvantes, possui pouco tempo de tela.

Como todo filme de David Fincher, o visual é impecável, com a fotografia de Eric Messerschmidt, que trabalhou com o diretor na fantástica série Mindhunter, criando uma atmosfera sombria de tensão constante. A edição é de Kirk Baxter, parceiro de Fincher desde O Curioso Caso de Benjamin Button, e vencedor de 2 Oscars, por Millenium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres e A Rede Social. O longa é impulsionado pela trilha sonora dos brilhantes músicos e compositores Trent Reznor e Atticus Ross, que am a trilha de outros filmes do cineasta, como Millenium A Rede Social. Aqui, as canções da banda The Smiths embalam boa parte da história, em uma melancolia compatível com o protagonista.

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O Assassino deixa a desejar se compararmos com a filmografia de seu extraordinário diretor. Ainda assim, um filme de David Fincher é sempre uma boa pedida.

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Cultura e entretenimento 2w6762

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson 6g4xh

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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Brasil e mundo 12h5a

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio 6t4rw

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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