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Cultura e entretenimento 2w6762

Não! Não olhe! (por Déborah Schmidt) 23j6o

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Em uma cidade do interior da Califórnia, os irmãos OJ (Daniel Kaluuya) e Emerald Haywood (Keke Palmer) istram um rancho especializado em treinar cavalos para participações em filmes. Os negócios eram comandados pelo pai deles, que teve uma morte trágica e em circunstâncias misteriosas, causada por destroços que caíram do céu. Os dois, então, am a testemunhar eventos bizarros e extraterrestres. 

Dirigido e roteirizado por Jordan Peele, Não! Não Olhe! é apenas o terceiro filme de sua carreira. Mesmo assim, o cineasta já conquistou sua identidade no cinema, e a sensação que temos é de que Peele é um veterano do gênero. Após Corra! e Nós, vemos o amadurecimento de sua filmografia.  

Acompanhado de um design de produção perfeito, a fotografia sempre impecável de Hoyte van Hoytema e a trilha sonora de Michael Abels, o diretor comanda cada cena com maestria. Ambientado em gigantescos espaços abertos, as terras ao redor do rancho Haywood parecem sem fim e, de alguma forma, a sensação de imensidão é ainda mais assustadora. Ao longo de um pouco mais de 2 horas de duração, o filme prende a atenção do espectador com sequências tensas e por explorar o fascínio pelo desconhecido.

Daniel Kaluuya repete a parceria com Jordan Peele cinco anos após Corra!, porém quem brilha é Keke Palmer, com um ótimo timing cômico servindo de contraponto com a melancolia do personagem de Kaluuya. Ainda no elenco, Brandon Perea rouba a cena como Angel, um funcionário de uma loja de tecnologia que ajuda na investigação dos protagonistas, e Steve Yeun vive Jupe, dono de um parque de diversões inspirado no velho oeste e vizinho dos protagonistas. Ele é uma ex-estrela mirim que teve sua carreira artística interrompida precocemente e de forma terrível. Aliás, o flashback que revela o que aconteceu em seu ado é, sem dúvidas, um dos grandes momentos do filme, embora não tenha conexão com o resto da narrativa.  

Com Jordan Peele sempre autêntico e impactante, Não! Não Olhe! aposta no suspense e critica à sociedade do espetáculo. 

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Déborah Schmidt é servidora pública formada em istração/UFPel, amante da sétima arte e da boa música.

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Cultura e entretenimento 2w6762

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson 6g4xh

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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Brasil e mundo 12h5a

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio 6t4rw

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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