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Cultura e entretenimento 2w6762

Elvis, o filme 2gf3q

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Com os sucessos recentes de Bohemian Rhapsody e Rocketman, Hollywood decidiu mergulhar de vez nas grandes lendas da música. Após Freddie Mercury e Elton John, chegou a vez de um dos maiores artistas de todos os tempos.

Com a direção de Baz Luhrmann, de Moulin Rouge e O Grande GatsbyElvis chega aos cinemas não como a cinebiografia definitiva do rei do rock e sim como a celebração de uma estrela. 

Acompanhamos a trajetória de Elvis Presley (Austin Butler) desde sua juventude, a ascensão à fama até sua morte precoce aos 42 anos, em 1977. Mas, principalmente, vemos o relacionamento do cantor com seu controlador empresário, Coronel Tom Parker (Tom Hanks).

A trama explora a dinâmica entre o cantor e seu empresário por mais de 20 anos de parceria, em que Parker gerenciou a carreira de Elvis com rédeas curtas e obsessão por controle. O empresário não permitia que o cantor se apresentasse fora dos Estados Unidos, além de ter sido autor de contratos absurdos em benefício próprio. No meio de sua jornada e carreira, Elvis encontrará Priscilla Presley (Olivia DeJonge), fonte de sua inspiração e uma das pessoas mais importantes de sua vida. 

O roteiro assinado por Baz Luhrmann ao lado de Craig Pearce, Sam Bromell e Jeremy Doner se desdobra para retratar a complexa trajetória artística e pessoal de Elvis, que tiveram dimensões tanto políticas quanto morais.

O filme aborda a vida e a música do protagonista, mas escolhe explorar o relacionamento entre Elvis e Parker. A narrativa tem o desafio de condensar mais de 20 anos em um pouco mais de duas e meia. Com isso, a história se desenrola de forma caótica, com momentos importantes ando em um piscar de olhos, como a importância de sua mãe, sua relação com Priscilla e o nascimento de Lisa Marie, seu trabalho como ator e a relação do artista com a comunidade negra são pincelados para dar lugar a longas sequências do período de residência em Las Vegas. O longa impressiona no visual, mas peca nos lapsos, com o tempo andando rápido demais. 

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Aliás, o respeito de Presley pelas raízes negras do rock é um deleite para os fãs do gênero. Vemos a cantora e guitarrista Sister Rosetta Tharpe, pioneira em técnicas de guitarra que viriam a definir o rock, em uma cena onde Elvis Presley visita o Club Handy, lendário local da Beale Street, em Memphis, no qual músicos pioneiros do rock se reuniam. Além disso, somos brindados com a presença de Little Richard, cantando e dançando ao som do hit “Tutti Frutti”, e a amizade de Elvis com B.B. King.

Narrado sob o ponto de vista do Coronel Tom Parker, o filme apresenta a ótica distorcida de quem conquistou a confiança do jovem cantor. Uma opção controversa, afinal, nunca vemos, de fato, quem foi Elvis Presley na intimidade. A atuação de Tom Hanks, sempre brilhante, é cínica e caricata, mostrando a eficiência do empresário que nunca foi Coronel e nem se chamava Tom Parker.  

Um ator mediano, e muitas vezes canastrão, Austin Butler tem méritos e é um bom Elvis Presley, em especial nos trejeitos no palco, onde sua atuação rouba a cena. O icônico personagem ganha uma performance sensível, sem deixar de lado o carisma e o magnetismo que o tornaram o rei do rock n’ roll.  

A paixão e a habilidade de Baz Luhrmann pelas cores e pelo extravagante é notória e, sem dúvidas, aqui o cineasta se sente completamente à vontade. Assim, as apresentações de Elvis Presley são o ponto alto da cinebiografia. Canções como “Suspicious Minds”, “Can’t Help Falling in Love”, entre outras, ganham uma energia contagiante. O diretor tira o máximo proveito dessa genialidade musical para criar cenários impactantes, que conseguem trazer toda a essência e o impacto que Elvis Presley causava no público. Destaque para a belíssima apresentação de “Unchained Melody”, reproduzida do último show de Elvis na Dakota do Sul, dias antes de sua morte.  

Elvis não está realmente interessado em Elvis Presley, o homem. Com seu ritmo inconfundível, Baz Luhrmann apresenta Elvis Presley, o mito, e o estilo que viria a dominar o planeta.  

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Déborah Schmidt é servidora pública formada em istração/UFPel, amante da sétima arte e da boa música.

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Cultura e entretenimento 2w6762

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson 6g4xh

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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Brasil e mundo 12h5a

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio 6t4rw

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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