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Cultura e entretenimento 2w6762

TUDO EM TODO LUGAR AO MESMO TEMPO 3o4d4i

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Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo acompanha Evelyn Wang (Michelle Yeoh), dona de uma lavanderia familiar e dividida entre uma infinidade de tarefas ao longo do dia: dos cuidados com o pai Gong Gong (James Hong) às negociações das dívidas de seu negócio, que pode ir à falência, e que está sob a mira da implacável auditora do imposto de renda Deirdre Beaubeirdre (Jamie Lee Curtis). À beira de um ataque de nervos, Evelyn também precisa lidar com uma crise no casamento com Waymond (Ke Huy Quan) e com a filha adolescente Joy (Stephanie Hsu). Como se não bastassem todas essas crises, Evelyn ainda descobre, durante um dia especialmente estressante, a existência do multiverso. Contatada por uma versão alternativa de seu marido, ela é informada que precisa derrotar uma entidade multiversal chamada Jobu Tupaki, que pretende destruir todas as realidades.  

O conceito de multiverso nunca esteve tão em alta. Com o sucesso de séries e filmes da Marvel que exploram o tema, mais recentemente em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, é interessante notar que a produção que melhor apresentou a proposta do multiverso não envolve super-heróis. Após mais de uma década de preparação, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo entrega uma nova percepção do que realmente significa o multiverso e suas infinitas possibilidades.

Dirigido e roteirizado pela dupla Daniels (Dan Kwan e Daniel Scheinert), o longa quebra todas as barreiras e faz cada um dos universos ter a sua própria narrativa. As versões alternativas surgem em momentos distintos e enriquecem as habilidades da protagonista. Em quase 2 horas e meia, a produção é um caleidoscópio de referências, apresentando uma grande homenagem ao cinema asiático, não somente nas artes marciais que inspiram as cenas de ação, mas também nos figurinos da vilã Jobu e nos dramas românticos de Wong Kar-Wai. Uma estética colorida e fantástica que percorre diferentes gêneros narrativos, trazendo reflexões sobre questões elementares como a vida e os relacionamentos familiares, de forma divertida e emocionante.  

O filme é protagonizado pela lendária Michelle Yeoh, que entrega a atuação mais extraordinária de sua longa carreira. Evelyn é arrastada para uma jornada de busca pela identidade que se desenvolve de maneiras inesperadas. À medida que se redescobre e aceita suas falhas, ela experimenta habilidades inimagináveis que a ajudam nesse processo. A atriz nos leva nessa jornada insana e testemunhamos a evolução de sua personagem. Uma performance definitiva e digna de Oscar.  

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Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo é um épico de ação caótico e avassalador. Um filme que não tem medo de explorar e se aventurar pela bizarrice de seu próprio conceito. Uma experiência que certamente não será esquecida tão cedo.  

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1 Comment

1 Comments 1i3i2l

  1. Luciano Torres Valença

    15/03/23 at 14:51

    O filme é muito ruim ! Não consegui ver até o final. Péssimo !

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Cultura e entretenimento 2w6762

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson 6g4xh

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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Brasil e mundo 12h5a

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio 6t4rw

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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