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Opinião

Árvore, símbolo de fertilidade e renascimento

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Raízes fortes, impregnadas de força e de história; troncos soberbos que sustentam a construção de folhas, flores e frutos; símbolos de um renascer para vida.

Árvores, mais do que árvores, impregnadas de experiência, sabedoria e de vida …muita vida.

Erguem-se em direção ao céu e abrem seus galhos como se fossem braços em busca do Criador.

Laranjal sem calçadão. Autor de pintura: Neiff Satte Alam

Abrem suas flores como se fossem presentes a toda a humanidade em homenagem àqueles que estão permanentemente renascendo. Misturam-se segundo suas preferências não importando espécies, tamanhos ou formas, mas apenas harmonizam-se para que todas possam disputar de espaço, de ar, do solo e da água. Naturalmente há competição entre elas, mas a lealdade à genética de cada uma será sempre respeitada.

Sobre elas muitas outras plantas encontrarão abrigo e e, algumas sugarão sua seiva, mostrando que até entre as plantas há ações desprovidas de agradecimento pelo bem que fazem. Pequenos animaizinhos aí encontrarão refúgio, disputarão espaço entre si, alimentar-se-ão de fungos, de outros animais, de folhas e muitas vezes da seiva e do cerne.

Uma árvore sozinha deverá se constituir em um ecossistema completo: terá clima próprio; será sede e parte ao mesmo tempo de uma complexa teia alimentar. Em conjunto formarão bosques, matas e grandes florestas. Darão ao meio em que estiverem inseridas um potencial e uma diversidade de vida que permitirão aos animais maiores que habitarem entre seus troncos ou na proximidade deste uma capacidade de sobrevivência e de qualidade de vida que estabelecerão, neste conjunto, um complexo de auto-organização em perfeito equilíbrio dinâmico que denominamos vida.

Cortadas, destroçadas, transformadas em matéria prima para construções de móveis ou moradias; queimadas para gerarem calor que auxiliará o homem nas suas necessidades de obtenção de energia que produzirá eletricidade ou movimentará trens, exigem renovação para continuarem a servir todos os seres que delas dependem.

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Componentes de florestas de dimensões fantásticas no ado são hoje uma população em fase de extermínio e com elas o resto da flora e da fauna que antes faziam parte desta outrora pujante e diversificada comunidade ambiental.

Ao eliminarmos as florestas, as verdadeiras florestas, com toda sua biodiversidade que dá equilíbrio ao sistema Terra, estaremos abreviando a existência do homem no planeta ou, na melhor das hipóteses, determinando uma qualidade inferior de vida à grande maioria da humanidade.

Ao preservarmos as florestas com toda sua biodiversidade, como biomas estabilizados e adaptados, estaremos preservando a vida com qualidade do homem, pois somente um ambiente equilibrado garantirá sobrevivência da espécie humana.

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Brasil e mundo

Pergunte à Alexa, é um caminho sem volta

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O mundo tem parecido uma grande confusão. É difícil decifrar o tempo vivendo nele, mas aquela sensação tem a ver com o aumento da produtividade. Em séries antigas de tevê, como Jornada nas Estrelas e Perdidos no Espaço, os personagens não fazem trabalho braçal. Máquinas e robôs fazem tudo. É o que está acontecendo.

Nos últimos anos, a produtividade acelerou muito, assim como o desemprego. Tudo agora é virtual, no celular. Os bancos, os escritórios, dois exemplos, não têm mais quase funcionários. A gente sabia que ia acontecer, como sabe que, logo ali, não se vai mais usar gasolina para mover veículos. De uma hora pra outra a mudança vem, o mundo vira do avesso e revoluciona a vida das pessoas.

Antes a economia era estável, por quê? Porque tudo era essencial. Hoje, com a produtividade alta, a maioria das coisas deixou de ser essencial. Agora compramos uma caneta por achá-la bonita, não porque precisamos dela. Roupas, a mesma coisa. Muitas coisas estão assim. Carros, tendo transporte de aplicativo, pra que comprar?

Quando há uma crise, a economia tranca porque 95% das coisas que compramos foi porque nos convenceram a comprar. Não são necessárias, e, ainda mais depois da pandemia, nos demos conta de que amos muito bem sem elas.

Nesse mundo novo, estamos sendo obrigados a inventar necessidades pra justificar o nosso trabalho. Mais ou menos como o barman que faz malabarismo com os copos pra se diferenciar.

Se a economia tranca e resolvemos economizar, só compramos comida e água; é o que todo mundo faz. Então, a economia tem que ser muito mais bem istrada, para não ter esses solavancos. Tudo mudou, e isso ficou mais claro nos últimos cinco anos. É como a água que vai batendo num castelo de areia, numa hora ele cai.

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Nos próximos anos, vão ocorrer mais modificações.

Estão tentando obter energia por fusão nuclear. Já estão conseguindo, falta controlar a reação, para poder concentrá-la.

Uma quantidade mínima de hidrogênio, elemento mais abundante no universo, se transforma numa quantidade colossal de energia, e limpa. Assim, uma pequena usina — instalada digamos em São Paulo — poderá fornecer energia para todo o Brasil, a custo baratíssimo.

Quando controlarem o H, vão acabar as hidrelétricas, acabar a extração do petróleo para uso combustível. Petróleo poderá ser usado ainda, mas na petroquímica (nylon, plástico etc.).

Já estão fabricando em laboratório até alimentos ricos em proteína como substitutos da carne, e mais baratos. Daqui 20, 30 anos, áreas onde hoje se planta e há gado vão ficar pra vida selvagem. Vastas áreas serão devolvidas à natureza. Dois terços do Brasil, estima-se.

Outra coisa que vai evoluir é a IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa. Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar. IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa.

Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar.

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Cultura e entretenimento

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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