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Cultura e entretenimento

Prefeitura convida população a decidir o que será depositado na Cápsula a ser aberta em 2069

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A Prefeitura abriu, nessa sexta-feira (28), uma votação para que a população pelotense decida quais itens quer colocar na Cápsula do Tempo 2019-2069, que deve ser aberta daqui 50 anos.

A exemplo do que ocorreu com a urna que guardava material sobre a primeira Miss Universo pelotense, Yolanda Pereira, enterrada há 88 anos e encontrada pela Prefeitura em 7 de maio desse ano, a ideia é mostrar aos pelotenses do futuro um pouco da Pelotas de hoje.

O diferencial, contudo, é que a iniciativa de agora busca também envolver a comunidade na escolha do conteúdo da nova caixa.

A votação pode ser feita no site da Prefeitura, com o pelo

link  http://www.pelotamigosdepelotas-br.noticiasdoriogrande.com.br/votacao/capsula-do-tempo . 

Foto: Gustavo Vara/Arquivo Ascom

Elaborado pela Assessoria de Comunicação (Ascom) da Prefeitura, a lista oferece nove itens e, ao votar, a pessoa deve selecionar cinco deles. A consulta pública também abre a possibilidade a novas sugestões de conteúdo para a Cápsula, que serão avaliadas pela organização do evento. Cada pessoa pode votar quantas vezes quiser.

As nove opções listadas são: Edições dos jornais do dia; DVD do Vitor Ramil; Livro de fotos sobre Pelotas; “Cartas para o Futuro” escritas por estudantes de Pelotas; Livro com receitas dos doces de Pelotas; Compota de pêssego; Pen drive com imagens de Pelotas de 2019; Pen drive contendo imagens e textos sobre a descoberta da cápsula da Miss Universo; Pen drive com as imagens da cerimônia de enterro da cápsula 2019; Nome e cópia da certidão de um bebê nascido no dia do enterro da cápsula (vai ser convidado para o desenterro); Camisas dos clubes de futebol da cidade.

A Prefeitura irá revelar o resultado da votação na primeira semana de agosto e a cerimônia de enterro da caixa será realizada durante os eventos do Dia do Patrimônio, no mesmo mês. A data certa e o local serão definidos pelo secretário de Cultura, Giorgio Ronna, e equipe técnica da Secretaria de Cultura (Secult).

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A descoberta

No dia 7 de maio de 2019, funcionários da empresa contrata para a obra de revitalização do paisagismo da Praça Coronel Pedro Osório,e logo servidores do Município, encontraram uma cápsula do tempo que estava em uma urna, enterrada debaixo do monumento a Yolanda Pereira.

A caixa havia sido enterrada há 88 anos (1931), no então “Roseiral Yolanda Pereira”, em homenagem à Yolanda por seus diversos títulos de beleza — o mais importante, o de Miss Universo (1930), que colocou o município em evidência mundial.

O plano original era de que a cápsula tivesse sido aberta em 1980, quando completaram 50 anos do título, mas por alguma razão, ainda desconhecida do público, isso nunca aconteceu.

Indícios de que a caixa ainda poderia estar enterrada debaixo do monumento foram apontados pelo pesquisador Guilherme Pinto da Almeida, em dossiê concluído em abril de 2018, como resultado de pesquisa de iniciativa do projeto Otroporto, patrocinada pelas empresas Sagres Agenciamentos Marítimos e CMPC.

O conteúdo da caixa

Embora o conteúdo da caixa estivesse bastante danificado, devido à infiltração de água da chuva ao longo de décadas — atualmente o material a por cuidadoso processo de recuperação no laboratório do curso de Conservação e Restauro da UFPel —, trecho extraído da pesquisa de Almeida, dá uma noção precisa do que deveria ser o seu conteúdo:

“Lida a ata, que recebeu inúmeras s, foi ela encerrada numa artística caixinha de ferro, esmaltada de azul e ouro, presa à chave uma fita com as cores gaúchas – oferta da ‘Fundição e Mecânica’, de Santos, Sica & Cia., urna em que também ficaram depositados: um excelente retrato do Studium Inghes, da Miss, com autógrafos, clichês das moedas de prata que o Ministro da Fazenda, Dr. José Maria Whitaker, mandou cunhar, com a efígie de Miss Universo 1930, representando a Segunda República; números do[s periódicos] ‘O Libertador’, Diário Popular’, ‘Correio Mercantil’, ‘Opinião Pública’, ‘A Luz’, Diário de Notícias’, ‘A Noite’, que se ocupam de Yolanda Pereira, em sua campanha de Miss, e um exemplar do ‘Almanaque de Pelotas’, que traz um magnífico resumo dessa campanha.”  

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1 Comment

1 Comments

  1. Fortino Reyes

    29/06/19 at 19:47

    Como perdem tempo com bobagens. O pior que por mais que tentasse, não me ocorreu nada de importante da cidade para ser colocado nessa cápsula.

Cultura e entretenimento

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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Brasil e mundo

Antes de Gaga, Madonna já havia aprontado no Rio

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Em seu show no Rio, em maio de 2024, Madonna exibiu numa tela ao fundo do palco imagens de ícones culturais, entre eles Che Guevara e Frida Kahlo. Foi surpreendente que o tenha feito, afinal, ela se apresenta como defensora dos direitos das minorias, inclusive da Queer, como faz Gaga, minoria que se fez maioria em ambos os shows.

Na ocasião, Madonna soou mais inconsequente que Gaga com seu “Manifesto do Caos”.

Os livros contam que o governo cubano, do qual Che fez parte, perseguia homossexuais, chegando a fuzilá-los por isso. Por quê? Porque os considerava hedonistas — indivíduos de natureza subversiva ao regime de exceção. Por serem, para eles, incapazes de controlar seus ardores sensuais e, por conseguinte, de se enquadrar em um regime em que a liberdade não tinha lugar, muito menos de fala.

Já Frida foi amante de Trotsky. E, depois deste ser assassinado no exílio a mando de Stálin, a artista ainda teve a pachorra de pintar um quadro com o rosto de Stálin, exposto até hoje em sua casa-museu, para iração de boquiabertos turistas bem informados sobre os fatos.

Madonna levou R$ 17 milhões do sistema capitalista por um show de um par de horas em que, literalmente, performou. Sem esforço, fingiu que cantava. Playback.

Dizem que artistas, por natureza, são “ingovernáveis”. A visão que eles teriam de vida seria mais importante do que a vida, do que a matéria. Pois há artistas e artistas.

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Madonna é dessas sumidades que a gente não sabe, de fato, o que pensa. Apenas intui, por projeção. Tente lembrar de alguma fala substancial dela. Não lembramos, porque vive da imagem que criou. Vende uma imagem que, no fundo, talvez nem corresponda ao que ela é de verdade.

No fim da trajetória, depois de ganhar a vida, artistas costumam surpreender o público, mostrando sua verdadeira face em biografias. Pelo desconforto de partir com uma máscara mortuária falsa.

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