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Queria saber como era a política? Espie o facebook 1z684h

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Todo mundo, acredito, teve vontade de abandonar o facebook, e abandonou, depois voltou. Conheço quem nunca usou. Eu acabei voltando.

É impossível ignorar o facebook. Ele existe, e é uma arena. Queria saber como é o ambiente da política? Não precisa entrar, espie o facebook. Democraticamente, ele reflete, em forma de drama, a política, cuja arte – dizem – é harmonizar os contrários em torno de consensos. Estava pensando que era moleza?

Sabe aqueles espelhos de circo, em que rimos de nós mesmos enquanto eles nos deformam a imagem? O facebook é um leiaute da multiplicidade vital, inclusive da disposição deliberada para mentir, como fazem os produtores especializados em fake news.

Por preconceito e ignorância momentânea ou definitiva, mentimos nós também, sem querer, procurando ser sinceros. Compreendo, acho…

A pior coisa que pode ocorrer a uma pessoa é perder a autoconfiança, porque ela nos dá a certeza de que estamos evoluindo para um lugar melhor, mesmo que seja ao precipício de uma catarata, onde a beleza da caminhada por um sentido permanece.

O que noto no facebook é que nos exprimimos nos espremendo. A vida deve ser algo maior do que isso, não é possível!

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Acho bárbaras todas as batalhas, mas a sensação que prevalece é de dissenso. Pelos conteúdos publicados, creio ser pacífico o fato de que sempre vivemos uma espécie de guerra subterrânea, com trégua na superfície.

Exposta como um nervo, essa guerra foi um avanço, pois diminuiu a hipocrisia. Mas o avanço só se confirmará se a pulsão social provocar reações oficiais.

O facebook, que em tradução radical poderia ser descrito como “Livro da Nossa Cara”, confirma algo difícil de aceitar: que a paz é um evento impossível na natureza.

Alguém disse que “tirando a morte, tudo numa guerra é bom”. Talvez porque nesses momentos os homens belisquem o sonho da irmandade, materializada em “sobreviver”, único objetivo comum que a rigor nos une.

Às vezes me ocorre que a guerra é o que dá valor à vida, apesar dos efeitos nocivos. No sentido de que a paz plena nunca aconteceu porque deve ser uma coisa tão tediosa quanto são as cerimônias do Prêmio Nobel. Vc sabe!

Quando pisa naquele tapete real, o sujeito já anda meio morto por retiro e elevação, no quilômetro final antes do desconhecido, o maior de todos os precipícios. Já a maioria de nós segue habitando a planície, tentando encontrar o sol entre as montanhas.

Ultimamente, acompanhando os acontecimentos no Brasil e no mundo, homens-bomba, países-bomba, pessoas bombando no face, essas coisas, constato com assombro o que sempre foi evidente, que as pulsões são ferozes, crescentes e incontornáveis, daí o sucesso online da correspondência, mesmo que mude a plataforma.

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Às vezes penso que o mundo era melhor sem as redes sociais. Não era. Penso isso porque sinto que necessitamos em parte da ilusão do outro, algo que o facebook destrói.

Afinal, é natural supor as melhores expectativas nos semelhantes e suscitar neles boas impressões, imaginar que somos todos capazes de compreensões acima da linha terrena, bruta. Nem sempre isso é possível.

No fundo, é uma questão estética. Acredito que a contenção dos sentidos, ao menos o esforço de racionalidade na hora de se exprimir, é edificante, enquanto a dispersão dissolve a vida. Posso estar errado, mas, agora que a Caixa de Pandora foi aberta, só nos resta comprar lentes novas e aumentar a vigilância dos filtros.

Não que a verdadeira face individual seja ruim de ver. É que as reações parecem confirmar que somos mais capazes de nos afastar pela diferença do que de nos unir pela semelhança. Vivemos um tempo estranho, em que a guerra se deslocou para o mundo virtual, sem a mesma solidariedade verificada em um campo de batalha presencial.

A serventia maior do facebook vem quando é analisado à luz de outro tédio, a ciência. Uma de suas conclusões: quando nos expressamos de forma digna (com sinceridade), rompemos a magia da ilusão que os outros alimentam em nós. Mas, como na ciência, só temos certeza de que demos um o adiante quando analisamos os fatos como eles realmente são.

O caso é que, aparentemente por medo, em vez de avançar, ficamos presos na distração das guerras.

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Jornalista e escritor. Editor do Amigos de Pelotas. Ex Senado, MEC e Correio Braziliense. Foi editor-executivo da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Atuou como consultor da Unesco e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Uma vez ganhador do Prêmio Esso de Jornalismo, é autor dos livros Onde tudo isso vai parar e O fator animal, publicados pela Editora Lumina, de Porto Alegre. Em São Paulo, foi editor free-lancer na Editora Abril.

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Brasil e mundo 12h5a

Pergunte à Alexa, é um caminho sem volta 3k3f1r

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O mundo tem parecido uma grande confusão. É difícil decifrar o tempo vivendo nele, mas aquela sensação tem a ver com o aumento da produtividade. Em séries antigas de tevê, como Jornada nas Estrelas e Perdidos no Espaço, os personagens não fazem trabalho braçal. Máquinas e robôs fazem tudo. É o que está acontecendo.

Nos últimos anos, a produtividade acelerou muito, assim como o desemprego. Tudo agora é virtual, no celular. Os bancos, os escritórios, dois exemplos, não têm mais quase funcionários. A gente sabia que ia acontecer, como sabe que, logo ali, não se vai mais usar gasolina para mover veículos. De uma hora pra outra a mudança vem, o mundo vira do avesso e revoluciona a vida das pessoas.

Antes a economia era estável, por quê? Porque tudo era essencial. Hoje, com a produtividade alta, a maioria das coisas deixou de ser essencial. Agora compramos uma caneta por achá-la bonita, não porque precisamos dela. Roupas, a mesma coisa. Muitas coisas estão assim. Carros, tendo transporte de aplicativo, pra que comprar?

Quando há uma crise, a economia tranca porque 95% das coisas que compramos foi porque nos convenceram a comprar. Não são necessárias, e, ainda mais depois da pandemia, nos demos conta de que amos muito bem sem elas.

Nesse mundo novo, estamos sendo obrigados a inventar necessidades pra justificar o nosso trabalho. Mais ou menos como o barman que faz malabarismo com os copos pra se diferenciar.

Se a economia tranca e resolvemos economizar, só compramos comida e água; é o que todo mundo faz. Então, a economia tem que ser muito mais bem istrada, para não ter esses solavancos. Tudo mudou, e isso ficou mais claro nos últimos cinco anos. É como a água que vai batendo num castelo de areia, numa hora ele cai.

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Nos próximos anos, vão ocorrer mais modificações.

Estão tentando obter energia por fusão nuclear. Já estão conseguindo, falta controlar a reação, para poder concentrá-la.

Uma quantidade mínima de hidrogênio, elemento mais abundante no universo, se transforma numa quantidade colossal de energia, e limpa. Assim, uma pequena usina — instalada digamos em São Paulo — poderá fornecer energia para todo o Brasil, a custo baratíssimo.

Quando controlarem o H, vão acabar as hidrelétricas, acabar a extração do petróleo para uso combustível. Petróleo poderá ser usado ainda, mas na petroquímica (nylon, plástico etc.).

Já estão fabricando em laboratório até alimentos ricos em proteína como substitutos da carne, e mais baratos. Daqui 20, 30 anos, áreas onde hoje se planta e há gado vão ficar pra vida selvagem. Vastas áreas serão devolvidas à natureza. Dois terços do Brasil, estima-se.

Outra coisa que vai evoluir é a IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa. Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar. IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa.

Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar.

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Cultura e entretenimento 2w6762

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson 6g4xh

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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