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Pelotas > Partidos Políticos = PPP 930v

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Fabiano de Marcopresidente do Sinduscon

Normas da ABNT determinam que nossas casas recebam água com pressão de 10 mca.

Como é em Pelotas?

Em cerca de 1/3 da cidade, a pressão é menor, chegando à interrupção do serviço.

Já o Plano Diretor, seguindo normas federais, prevê o tratamento do esgoto cloacal. Ocorre que 82% do esgoto são lançados in natura no Canal São Gonçalo, em muitos casos percorrendo 600 quilômetros de valetas a céu aberto, precariamente construídas para drenar a chuva e o esgoto de milhares de domicílios.

Este quadro afeta a todos. Problemas para a vida doméstica, a atividade produtiva, para a saúde em todos os sentidos.

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Segundo dados do BNDES, 65% das internações de crianças com menos de 10 anos decorrem da deficiência ou da ausência do sistema de esgoto e/ou fornecimento de água limpa.

Nosso Cartão Postal (o Laranjal) não é balneável; em meio a tanta riqueza natural, o turismo agoniza no papel de coadjuvante na Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

A construção civil também é afetada.

Por lei, novos empreendimentos só podem ser construídos se o Sanep oferece água com pressão de 10mca, e 100% de esgoto tratado. Com isso não se dá, a obrigação de construir a infraestrutura é transferida aos empreendedores, mesmo não cabendo a eles a arrecadação futura das taxas de abastecimento de água e de tratamento de esgoto. Assim, indiretamente, a população arca com o sobrepreço dos imóveis.

Na conjuntura atual, empreendimentos legalizados arrefecem. Sanep diz que a universalização do saneamento não custará menos de R$ 400 milhões.

Ora, o Sanep emprega mais de 800 servidores e fatura por mês R$ 10,5 milhões, já computado o incremento da arrecadação com a taxa de lixo. Ou seja, a solução não virá da arrecadação da autarquia.

Há unanimidade, creio, quanto à necessidade de saneamento. O fato é que os governos do PDT, PT, PP e PSDB não avançaram na questão.

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Mais uma vez, as desconfianças fermentam, como vem ocorrendo após a chegada à Câmara da Mensagem oficial 11/2018, que prevê uma solução via Parcerias Público-Privadas.

São seis os fundamentos contrários. Dizem que a PPP vai “privatizar” o Sanep; que servidores serão prejudicados; que a previsão legal de consulta à população (por plebiscito) será atropelada; que o Sanep não pode se sujeitar a regras de mercado; que o governo deveria recorrer a recursos públicos subsidiados para as obras em vez de PPP; que haveria interesses escusos.

Gostaria de me contrapor a esses argumentos:

(i) Não haverá privatização. Não existe alienação de patrimônio público em PPP, pelo contrário: existe alocação de capital privado em troca da taxa de esgoto. Ao final do contrato, a infraestrutura financiada pelo privado “remanesce” ao patrimônio público;

(ii) Servidores têm estabilidade no emprego;

(iii) A necessidade de consulta à população permanece na Lei Orgânica Municipal, hierarquicamente superior ao projeto de lei em debate;

(iv) Antes da publicação do edital da PPP, o Comitê Gestor da prefeitura, junto com técnicos do Sanep, formatarão as soluções técnicas e a modelagem financeira. Não é o mercado nem o parceiro privado que determinam a taxa pública;

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(v) Este governo demonstrou estar atento à captação de recursos federais a fundo perdido, como foi o caso da Estação de Tratamento de Água São Gonçalo; ou seja, se houvesse recursos disponíveis este governo já os teria usado. Argumento contrário deveria estar acompanhado da indicação precisa de qual a linha de crédito disponível;

(vi) Como sexto ponto, lembro que toda cautela é pouca no país do “Mecanismo”; daí a importância de a oposição ser a maior fiscal do projeto.

O progresso de Pelotas depende de uma oposição capaz de compreender os aspectos técnicos. Cabe a ela equilibrar os interesses coletivos com o desenvolvimento das PPPs, especialmente as de esgoto, de luz e do novo centro istrativo, que dizem respeito a todos.

Espera-se uma oposição consciente de que as intenções de avançar são legítimas. Pelotas elegeu uma representante que declarou interesse em universalizar o saneamento via PPPs, ao ponto de constar do Plano de Governo.

Partidos ou projetos políticos não podem ser maiores que Pelotas. Não temos tempo a perder.

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1 Comment

1 Comments 1i3i2l

  1. Djalma Cerezini Filho

    15/01/19 at 21:46

    PPP com este governo que está aí? Muito complicado. O SANEP é ineficiente e grande parte desta ineficiência se dá justamente pela estabilidade do funcionalismo público e principalmente pelo fato de que a autarquia a cada gestão serve como moeda de troca. Enquanto não se sanear totalmente a istração pública local não haverá solução. Trocam-se somente as máfias.

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Brasil e mundo 12h5a

Pergunte à Alexa, é um caminho sem volta 3k3f1r

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O mundo tem parecido uma grande confusão. É difícil decifrar o tempo vivendo nele, mas aquela sensação tem a ver com o aumento da produtividade. Em séries antigas de tevê, como Jornada nas Estrelas e Perdidos no Espaço, os personagens não fazem trabalho braçal. Máquinas e robôs fazem tudo. É o que está acontecendo.

Nos últimos anos, a produtividade acelerou muito, assim como o desemprego. Tudo agora é virtual, no celular. Os bancos, os escritórios, dois exemplos, não têm mais quase funcionários. A gente sabia que ia acontecer, como sabe que, logo ali, não se vai mais usar gasolina para mover veículos. De uma hora pra outra a mudança vem, o mundo vira do avesso e revoluciona a vida das pessoas.

Antes a economia era estável, por quê? Porque tudo era essencial. Hoje, com a produtividade alta, a maioria das coisas deixou de ser essencial. Agora compramos uma caneta por achá-la bonita, não porque precisamos dela. Roupas, a mesma coisa. Muitas coisas estão assim. Carros, tendo transporte de aplicativo, pra que comprar?

Quando há uma crise, a economia tranca porque 95% das coisas que compramos foi porque nos convenceram a comprar. Não são necessárias, e, ainda mais depois da pandemia, nos demos conta de que amos muito bem sem elas.

Nesse mundo novo, estamos sendo obrigados a inventar necessidades pra justificar o nosso trabalho. Mais ou menos como o barman que faz malabarismo com os copos pra se diferenciar.

Se a economia tranca e resolvemos economizar, só compramos comida e água; é o que todo mundo faz. Então, a economia tem que ser muito mais bem istrada, para não ter esses solavancos. Tudo mudou, e isso ficou mais claro nos últimos cinco anos. É como a água que vai batendo num castelo de areia, numa hora ele cai.

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Nos próximos anos, vão ocorrer mais modificações.

Estão tentando obter energia por fusão nuclear. Já estão conseguindo, falta controlar a reação, para poder concentrá-la.

Uma quantidade mínima de hidrogênio, elemento mais abundante no universo, se transforma numa quantidade colossal de energia, e limpa. Assim, uma pequena usina — instalada digamos em São Paulo — poderá fornecer energia para todo o Brasil, a custo baratíssimo.

Quando controlarem o H, vão acabar as hidrelétricas, acabar a extração do petróleo para uso combustível. Petróleo poderá ser usado ainda, mas na petroquímica (nylon, plástico etc.).

Já estão fabricando em laboratório até alimentos ricos em proteína como substitutos da carne, e mais baratos. Daqui 20, 30 anos, áreas onde hoje se planta e há gado vão ficar pra vida selvagem. Vastas áreas serão devolvidas à natureza. Dois terços do Brasil, estima-se.

Outra coisa que vai evoluir é a IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa. Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar. IA, ela sabe tudo. Pergunte à Alexa.

Ela te responde tão rápido, que nem precisa pensar.

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Cultura e entretenimento 2w6762

O esquema fenício, novo filme de Wes Anderson 6g4xh

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O diretor e roteirista Wes Anderson é conhecido pelo seu estilo único e marcante, com imagens perfeitamente simétricas, personagens estranhos e um humor bem peculiar. Talvez a grande crítica às suas produções seja exatamente essa, de seu estilo ser sempre o mesmo, como se o cineasta não se renovasse. Porém, entre seus trabalhos mais recentes, nenhum tem tanto estilo quanto O Esquema Fenício.

Na trama, o excêntrico magnata Zsa-Zsa Korda (Benicio Del Toro) já sobreviveu a sucessivas tentativas de assassinato e é pai de nove filhos homens e uma única menina, a freira Liesl (Mia Threapleton). Ele determina que ela seja a única herdeira de seu patrimônio, mas antes, pede a ajuda da filha para garantir que seu projeto de vida finalmente saia do papel. Agora, eles precisarão viajar pelo mundo, acompanhados pelo tutor Bjorn (Michael Cera), a fim de negociar pessoalmente com seus parceiros investidores.

O longa é a sexta parceria entre Wes Anderson e o roteirista Roman Coppola, que iniciou em Viagem a Darjeeling (2007). Vale lembrar que 2023 foi um dos anos mais produtivos de Wes Anderson, que além de lançar Asteroid City nos cinemas, fez um projeto de quatro curtas-metragens com a Netflix, adaptando contos do autor Roald Dahl. Todos são imperdíveis, em especial A Incrível História de Henry Sugar,que rendeu a Anderson o primeiro Oscar de sua carreira.

Mesmo sem a profundidade narrativa de seus outros filmes, o diretor consegue, graças a química entre Benicio Del Toro e Mia Threapleton, explorar um relacionamento genuíno entre pai e filha. Além do ótimo trio principal, vemos participações de luxo de habituais colaboradores do diretor, como Willem Dafoe, Tom Hanks, Bryan Cranston, Jeffrey Wright, Bill Murray, Scarlett Johansson e Benedict Cumberbatch.

Trabalhando pela primeira vez com Wes Anderson, a fotografia de Bruno Delbonnel é fantástica, abrangendo toda a cenografia do filme, que tem locações de encher os olhos, e que já encantam logo na sequência inicial. Destaque para as belíssimas sequências em preto e branco, que mostram o mundo onírico do protagonista. Além disso, a trilha sonora é do lendário compositor Alexandre Desplat, parceiro de Anderson desde O Fantástico Senhor Raposo (2009), e vencedor do Oscar com O Grande Hotel Budapeste (2014).

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Para os que acompanham a carreira do diretor, e fãs como eu, os temas comuns de sua filmografia estão presentes aqui: relações familiares, natureza humana e humor improvável. No entanto, o filme traz dois novos elementos, incomuns em seu universo, o suspense e a ação. Reafirmando sua identidade, embora sem o brilho de produções anteriores, Wes Anderson prova com o visualmente ambicioso O Esquema Fenício que ainda é capaz de entregar boas histórias.

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